Na escuridão da noite
Caminham sem destino
Olhares parados, passos lentos
Não sabem onde estar, onde ficar
São vidas perdidas...
Trazem a inércia vestida de tristeza
São os filhos da noite, da desonra
Fruto de uma colectividade alienada,
Sem atitudes nem vontade para nada.
Vivem do nosso lado e nada fazemos,
Fechamos os olhos e tentamos esquecer
A realidade, uma consciência de impotência
Ao olhar a miséria, a decadência
De uma sociedade sem rumo e sem dignidade
Que vive de jogadas, de grandes golpadas
Onde foi esquecido o humanismo
E se incentiva o materialismo.
Lisboa
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