Mulher,
que fazes nascer outros seres
e ficas prisioneira desse acto
que aconchegas no teu regaço
pela tua vida fora, num abraço.

Mulher,
que fazes da tristeza, alegria
mesmo chorando por dentro,
cantas cantigas de embalar,
e sabes declinar o verbo amar.

Mulher,
que de ti te esqueces sempre,
ajudas os filhos e companheiro,
anulas-te por vezes, por inteiro,
sem lamentos ou recriminações.

Mulher,
que sendo tão forte, és frágil,
sabes ser dura na hora certa,
mas estás sempre desperta,
e tens a doçura do mel no olhar.

Poema dedicado a todas as mulheres, no Dia Internacional da Mulher, 8 de Março.

Lisboa