De poeta as palavras tenho,
Falta-me quiçá o engenho,
Escrevinho por amor à arte,
Que é um talento à parte…
Palavras são como armas,
Podem matar ou arrebatar,
São facas de dois gumes:
Escrita de guerra ou de amar.
Nas minhas deambulações,
Por vezes me falta o verbo
E, nessas horas abstractas,
Escrevo a pensar em razões:
Na vida, nos outros, em mim,
Na sociedade e motivos afim,
Vou desenhando as ideias,
Num emaranhado fio de teias.
Poder passar a mensagem,
De uma qualquer abordagem,
É o ensejo de todo o poeta,
Que idealiza a forma concreta.
Lisboa
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