A imortalidade do poeta

A imortalidade do poeta

Coberto de sombras, assim não
vejo a luz, vagando em busca 
de sangue para sobreviver;
como um estrige sedento por almas
 
 
Aos meus amores sou o fantasma 
frânces de paris, que é anjo
a afim de protegê-las, minha
face é deformada pelas dores,
por isso uso uma máscara.
 
 
Desventuras; adaga encravada
direto em meu coração; mais
uma morte em uma vida morta,
perdi minhas asas, meu
palavriado doce e lúdico
não são suficientes para 
garantir-me um sorriso eterno.
 
Vejo espíritos indo
meu coração congelando, 
e por mais que eu não
queira, sou imortal, posto que
vejo todos que amo partindo.

João Math
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