Inoportuno.

Blasfêmia me disseram e o que fazer
Falsidade nos votos e no coração
Tolos todos prometem
E por um tempo até cumprirão
Ainda não vi um que morresse
Ainda não vi homem sem corrupção
 
Vendemos nossas almas por interesses
Perdemos o que temos de precioso em vão
Cansado de temas como esse
Resolvi mudar de canção
 
E como sempre não há quem me ouça
Um ou outro comentam em suma
Não os influencio em nenhuma coisa
Não os faço refletir em coisa alguma
 
Procuro atoa remodelar minha história
Quero ser diferente  e matar minha memória
E nesse desejo ardente
Acaba se tornando notória
Minha parte podre , indecente
Contra quem luto em póstuma misericórdia.
 
Não hei de existir amanhã
Posto que hoje já mim não há
Eu degustei uma maçã
E me lembrei de te levar
Porém ela tu não queres mais
Só me resta cantarolar
 
Sempre a mesma história
Contada em estrofes sem parar
Sem sair da memória
O passado vem me levar
A um novo estado de glória
E nele quero ficar
E fugir deste triste agora.