Em um funesto ambiente espelhado

Faces revelam seus interiores
Os sonhos que ali estavam
Sobrepujados foram sem piedade
 
Ali jaziam mais que simples ideias
Ali , enforcados, violentados, mortos
Sem piedade nossos heróis foram suplantados
Por um vilão astuto e silencioso
 
Que entrou em nossas casas
Que nos fez reféns de nós mesmos
Ele foi respeitado, reverenciado
Levantamos dia após dia par adorá-lo
 
Cantam em alta voz, Deus seja louvado
E o matam com sua estultícia audaz
Perdemos nosso respeito, os sonhos se foram
Em casa um novo templo se ergue
 
Não obstante, os que o levantam, se embelezam
De fronte ao caleidoscópio de suas almas podres
Fazem menção de santidade e se exaltam
Alimentando-se de sua própria maldade
 
E quem há que nos abra os olhos?
Que nos livre dessas amarras?
Onde está o jovem que , revoltado, amava?
Agora, viciado em si próprio, diz não às drogas
E sim ao comodismo a e por ele estabelecido
 
Enquanto isso damos salvas de palmas
Como macacos seguimos suas regras
Obedecendo aos nossos predadores
Prezas fáceis nos tornamos, satisfeitos e miseráveis
 
Agora, fingindo violentamente
Em paz nos amamos.  

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