Eu fico, às vezes, parado,
(Pensando nos dias de infância)
E não me saem, da lembrança,
Os bons momentos que vivi...
Não me esqueço da "escolinha"
E, menos, ainda, da "professorinha",
Com a qual, eu tanto aprendi!
Não esqueço das caminhadas,
Nas manhãs úmidas e friorentas;
(Pelas ruas sujas e lamacentas,
Do bairro em que eu residia)...
Lembro, com nítida exatidão,
Da enorme paz e da satisfação,
Que, naqueles tempos, usufruia!
Lembro, com chorosa emoção,
Da lagoa, de águas paradas;
(Em que, junto com a molecada,
Eu me banhava, até cansar)...
Estes tão mágicos pensamentos,
Não me saem do pensamento
E, como é gostoso, recordar!
Lembro-me do quanto sofri,
Pela falta de bens materiais;
(Mas sou muito grato ameus pais,
Por este "pouco", que ganhei)...
Era um "pouco" tão batalhado
E foi tão bem aproveitado,
Que só agora, é que sei!
Lembro da árvore, que plantei,
(Junto com dois outros parceiros)
E da enorme alegria do jardimeiro,
Todas as vezes que a regava...
Eram momentos tão sagrados,
Que me fizeram muito respeitado,
Enquanto o tempo passava!
Sinto uma infinita saudade,
Do dia da Diplomação;
(E da incontida satisfação,
Por já ser alfabetizado)...
Eu era um garoto decente,
Um CDF tão impertinente,
Que era, às vezes, invejado!
Mas o tempo passou, ligeiro
E, hoje, sou homem formado;
(Orgulhoso, todavia, do passado,
Que venero, com satisfação)...
E tanta saudade, hoje, faz,
Voltar, cinquenta anos atrás,
E sofrer com esta recordação!
Pois quando me ponho apensar,
(Nestes tempos, que longe vão)
É tão forte a minha emoção,
Que quase não consigo analisar...
E pergunto, a quem responder:
_ Por que é que eu fui crescer?!!!
Mas ninguém consegue explicar!
Resta, assim sendo, a lembrança,
(Um direito ao qual ainda tenho)
E com enorme prazer, detenho,
Guardado, bem no fundo da mente...
Ah quem me dera hoje, conhecer,
A fórmula para não envelhecer,
Para ser feliz...eternamente!!!
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