Obrigado, senhores,
Por deixarem um ser humano vivendo no escuro
Obrigado, muito obrigado
Por se afastarem das pessoas estranhas nesse mundo gigante
Mas não me deixem só
Refletindo as maneiras sobre o que fazer
Para ser incluído em um mundo de igualdade, em teoria

Igual a vocês
Eu tenho medos
Eu sofro calado
Mas não me deixem
Chegar ao extremo de sofrer
Dizendo, em penitência, a todos que sofro

Obrigado, desta vez sem ironia
Pela ajuda que me oferecerem
De coração sincero
Sem que eu necessite
Desenhar em cores a palavra amizade
Colar num cartaz que necessita-se de um amigo

Obrigado, enfim
Por compreenderem meus gestos
Não como mímica de quem parece estar triste
Mas como os verdadeiros indícios
De um coração sofrido