Desde que da âncora lançaram o barco
Pessoas vivem sozinhas
Em ilhas de terra salgada
Em cumes de montes desertos
Nas gelereiras com os pés descobertos
E de dia dormem, se de noite dormem
A lua é o deus de cada um
Se alguém descobre o fogo
E outro alguém descobre também
O primeiro não ensinou ao segundo
Ritos de morte não existem
E o nascimento é sempre a aurora da morte
No dia em que uma pessoa entrou
Na ilha de outra inciou-se a guerra
Por indentidades esquecidas
Com o ego maior, quem tinha se defendeu melhor
No inicio da noite um não sabia quem era
Pois foi roubada pelo outro...
E assim, na terra dos extremos
O primeiro que se descobriu
Lançou todo o sal ao mar
Recolheu o barco, guardou a âncora
Avistou no horizonte uma ilha que parecia habitada
Velejou até ela, mas, lá chegando,
Não havia nada nem ninguém além de um rastro de fogo...
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