DO INFERNO
 
Sozinho, triste, cansado...
O irrelevante sensor magnético
Próstata da juventude, absinto do mal;
Nara inflamada, dom de escárnio!
 
Andejo de mestre, num beco sem saída;
Andar de princesa, cabelos de boneca;
Pescoço bem torneado, por mão de deuses;
Gilete na mão, sangue ao chão!
 
Cansado, sozinho... Agora não! Triste.
Magnitude de jovem, pôr traz de segredos
Fateidade, não é dom, noite pachorrenta;
Inflama – se, ira dos “eus” mormos!
 
Vem, outro dia, outra noite... Outra vida!
Segredos nas mangas, plenitude na alma
Bisturi em mãos, outro na outra, mente...
Mormos deuses, com ira, segredos... Tais segredos!

Heronildo Vicente
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