AOS BIXOS
 
Em meados de fevereiro, que correria
São rostos diferentes, por toda a cidade
São homens, mulheres, com ideais
Cada um tem seu próprio objetivo
 
Cantarolam por entre avenida
Esboçando sua alegria
Um pede ao outro,
Faz se pedágios, e outros tais.
 
Ajunta se o dinheiro arrecadado
Prepara se a festa, inaugural
Há mulheres bonitas, feias, descomunal
Mas para os homens, isso é o “tal”
 
Da bonança a piedade, rouba se um beijo
Deita se na cama, dorme, ronca,
Amanhece, padece dita
Alegra-se em termos, pois hoje tem aula.
 
 
 
 
 
II
Vai se o calouro, ao seu primeiro dia
Ao chegar à fonte de conhecimento
Muitos lá o esperam
Vamos pegar um na mão do outro
Assim diz o mais velho.
 
Corrente, fileira indiana, assim como queira dizer
Hoje em seu primeiro dia, vamos ao trote abençoado
Onde aqui, tem alegria, peça você, ao velho homem
Um trocado, diga que é para o almoço
Diga que é para a continuação da vida.
 
Entoam o novo grito de guerra, caras pintadas
Prontos para uma guerra desfecha palavras
Homem é que nem chiclete, você pisa em cima
Gruda no seu pé,
 La, La, La, La, La
 
Assim se vai, mais um dia, com seus cabelos rentes
Cortes descrentes... Vamos a forra, para variar
Sejam fortes, sejam tementes, pois é apenas um fio
Deste desenrolar, vem cinco anos, vem, que não tem pra ninguém
Seja em mecânica, agronomia, física ou biologia.
 
 
Ilha solteira, 08 de abril de 2010

Heronildo Vicente
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