Naqueles lugares, onde o tempo mundano tingindo pelas cores do crepúsculo, despertava o meu silêncio, sedento, olhava.

Tantas impurezas da distância, derramada, quando o riso era mais espontâneo. Do velho muro, da pequena rua que corria, andava, se movia.

Vejo o arbusto naquele quintal, olho as suas flores, sem cheiro, mórbida, estranha, nada compõe.

A melancolia não vem, precisava dela, a tristeza não se define, eu, confuso, não sinto.

Gotas do orvalho, serenos sem trocas,

meus olhos, assustados, temerosos,

vasculham a solidão.

Este rio tão largo, preciso da outra margem,

fitando, tento enxergar o outro lado,

fitando, como é distante,

fitando, imóvel,

fitando.

Tene Cheba
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