O tempo para mim,
multiplica meus mistérios.
Quem sou eu? Eis que me pergunto,
fluxos sem construções,
que lentamente amortece a necessidade de viver,
o pão que não amanhece,
futuros regredidos, pisos sem impulsos,
parecem igualmente velhos,
sem reaçoes, não os sintos, não os notos mais.
Envelhecendo as dores vão sumindo,
o passado se aproxima,
o futuro, simplesmente some,
nenhum lapso, nenhum tempo perdido,
para que eu possa achá-lo.
Ondas são eternas, vão,
retornam,
eu, minha própria cápsula,
sigo contando,
o tempo,
sem colisões.
Tene Cheba
© Todos os direitos reservados
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