Ouço a voz de dentro me dizer
Que há saudade e há solidão
Vim do mato, não posso esquecer
Quero pousar os meus pés no chão

Lembro as tardes mansas embalar
Aventuras sãs e eu tão feliz
Tinha estrelas tantas pra contar
Cachoeiras e urutaus gentis

Dessa vida trago sempre aqui
A frescura de meu céu azul
A doçura forte e incomum

Que revela o sangue do sertão
Bati asas, mas a minha origem
Se eterniza no meu coração.

Patricia Prates Costa