O dia se põe na beira do rio
Lembro de ti enquanto escrevo
Penso na vida e no eterno vazio
Vejo tua face e teu corpo em relevo.

Sinto falta do aconchego carinhoso
Dos braços que servem de abrigo
Dos beijos com o sabor gostoso
Do espaço entre teu ventre e umbigo.

O rio passa tranqüilo e manhoso
Levando a solidão que parece castigo
Deixando cada vez mais ocioso
O coração que só quer estar contigo.

Na beira de um rio, no fim da tarde.

Tiago Ribeiro
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