É cedo para parar.

 


Asas! Asas! De que me serves,
Se já não posso voar?
Pernas! Pernas! Como te atreves,
Querer parar meu andar?
 
Com ousas braços teimosos,
Evitarem meu afagar?
Se até os montes rochosos,
Sentem o vento silvar?
 
Não pense que me impedes,
Oh! Dolorido corpo insano.
No teu planejar, tu não medes,
Nem alcança o meu belo plano.
 
De aproveitar pensamentos,
Que vêm às noites e aos dias,
E transformar sentimentos,
Em prosas, versos, poesias.
 
Falarei sempre mal de vocês,
Do desrespeito comigo.
Pois apostam na insensatez,
De me parar. Mas prossigo.
 
E escrevendo exponho,
Seus sentimentos perversos,
E mesmo acordado em sonhos,
Colocarei isso em versos.
 
 


 

A um grande amigo, poeta por decisão de Deus.

Saudades.

Santa Cruz Cabrália, 05/12/2008.

Lannes Alves de Almeida
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