De tanto (ir) racionalizar
O cérebro quase secou
Por pensar e pedir,
Exigindo de si o (ir) real
De tanto falar,
A boca fundiu-se com o mundo
Perdendo seu caminho e sua respiração,
Enxuta
Pois todas as palavras que foram proferidas,
(Des) valeram,
Por que eram (in) fundadas em atos ‘reais’
Do momento, apenas sentimentos
Mas nada nunca muda (apenas (de) cresce)
Palavras voam,
Com os momentos e os ventos nos olhares
Depauperadas, ainda fluem, mas tornam-se (des) necessárias,
Uma repetição (in) significante
Mesmo havendo um sentindo (ir) real
O que já (não) foi sentido,
Hoje,
Escorre pelos dedos
Vazando, dos orifícios jorrando
Os pulmões cheios de degenerações
Acumulado no resto, psiconeuroses sem valor
Sem mais valia; pedaços de gritos,
Aflitos e molhados
Movendo todo esse manto melindroso,
Morreu a pieguice,
(Não) Por sacripantas,
Debaixo da descoberta
Ainda O ato, mas não há mais acepção,
Apenas anda, sem existir
Restou jogar para fora,
Deixar sair...
O que desgastou minha boca,
Entupiu meu cérebro com pensamentos/sofrimentos,
No lixo, agora o ‘luxo’ do tempo.
CA-k:
03/12/07
Após tudo,
Ex tudo,
Agora, cansado de (não) sentir.
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