Pensando, pensando, pensando
Quando é isso, apenas, tudo o que se faz
As idéias correm nas veias desvairadamente
Pelos corredores, suspiros desgraçados, desgastantes
Tornando (ir) real
Aquilo teorizado outras horas antes
Pensar demais não parece doer,
Faz doer (des) mentidas coisas pensadas,
Então, tornei-me a roer o que era calmo
Corroendo a casca que protegia, atingi o que não sabia/queria
Corri para gritar
Do outro lado da mente,
Negros buracos, surgidos na minha (in) sanidade
Onde se escondem as coisas (des) entendidas
Para mim, complexas
Para outros, coisas ‘negras’
Subindo pelas paredes do desespero
Suguei o que me pareceu atraente
E por descuido, havia ingerido besteiras intempestivas
Sentei, por não agüentar mais
Para acalmar a dor,
Uma cutucação perturbante, azucrinante
Sobre isso, cuspindo por calar,
Derrotismo injetado nos olhos da sanidade
Tal me prende no ‘chão’,
Absorvo tudo que há nesse emaranhado sentimental
Depois, incompreensão do meu próprio lado compreensivo
Já não sei o que há nos meus olhares
Vejo-me como outro desgastado
Perdido e alucinado,
Toxinas e vontade de expatriação,
Gotas fazem disto algo tão (ir) real:
Simbólico prazer autodestrutivo
Sem tanta execração da coisa berrante
Que assiste tudo com olhos fechados
Acreditando em nada, consiste em desistência apenas
Perde-se mais ainda nesse joginho sádico
Acalmar-se dentro do pensamento gritante
Faz parte do ambiente vivencial do jogo
Aquele que facilmente consegue esta façanha gaba-se
O que não consegue, sofre sozinho,
Mas ainda ama aquele que o despreza
Voltarei a me jogar
Nos meus gritos e sonhos régios
Na vontade de querer voar
E nos meus amores obtusos,
Além de tudo, há nada, e este me (in) completa.
CA-K:
07/11/07
Essas palavras...
Talvez sejam “minhas”, ou daquele que apareceu aí
Sentado na porta dos olhos, comendo o que sobrou da paciência,
“This degeneration, mental masturbation”(...)
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