A minha alma está tão vazia,
Nua, desprovida, inerte,
Seguindo caminhos sem nexo,
Que virá trazer-me alegria.

Que preciso, que idealizo,
O que tenho de alcançar,
Por quais camninhos terei de andar,
Num mundo nada conciso.

Um aperto que doi, me consome,
Faz-me querer soltar um grito,
Não quero que o desespero me tome,
Não queria sentir este momento aflito.

Ele se instala e eu não o quero,
Faz-me temer, faz-me enfraquecer,
Nem tudo conseguimos fazer certo,
Sei que temos de enfrentar, sem temer.

Fico cala demais, quieta demais,
Mil pensamentos me tocam cada vez mais,
Como rolam essas lágrimas,
Ficam de uma maneira incontroláveis.

Não quero estar assim,
Quero esta dor longe de mim,
Sei neste momento tenho de aceitá-la assim,
Veio, alcançou-me ficou aqui.

Alguém fala-me que tudo passa,
Mas e a falta que tenho de um abraço,
O chorar num peito quentinho,
Dando-me esperança e mimo.

Neste meu cantinho só,
Revolto-me por sentir este nó,
Amanhã será um dia melhor?
Quem sabe o tempo amenize a dor.

Quem me ajuda a fazer o correcto,
Quem na vida conseguiu fazer tudo perfeito,
A vida por vezes é tão sofrida,
Teremos de aceitar cada momento vivido.

Enrolo-me no meu cantinho,
Escutando uma canção linda,
Posso me sentir só e chorar,
Para a alma descansar.


casa

Rosa
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