Mesmo ainda que eu sentisse a dor no peito
A trespassar-me o coração como uma flecha,
Não choraria essa tristeza porque não aceito
Ser chamado de chorão, pois, é feia a pecha!
 
Sou sincero ao expressar os meus conceitos
E digo, sim, que não tenho qualquer queixa,
Pois sou dono dos meus atos, é o meu jeito
De pensar, e a consciência, assim, me deixa.
 
Pra falar não tenho medo, mas não lamento
Se acontece um imprevisto, e eu não aposto
Que um assalto não invada meu pensamento!
 
E me ponho às escondidas, e a contragosto,
Pra fazer o que está no meu contentamento
Chorar, chorar por uma mulher, e até gosto!
 
Autor: José Rosendo

Nazarezinho, 25 de maio de 2007