Ai do meu povo!

Entrei no salão, com a roupa amarrotada,
e os sapatos sujos da vermelha terra, a
aparência é abatida como a de um caipira
que chega do trabalho do roçado.


Mãos cheias de calos dos latifúndios
As palavras são mal soletradas
Mescladas com Tupi guarani e I Love you
Não tenho os direitos de minha terra


Meu povo é simples, acostumado nas beira dos rios a
Construir suas cabanas, só eu vivo na ilusão
Alcançar fronteiras, por isso sinto as saudades
Da mãe, e dos irmãos de sangue


Meu canto é triste porque minha mãe é ingênua
Minha casa é grande, mas não tem janela ou portas
Cadê meus rios, e as matas e aqueles corações quentes
Onde estão meus defensores?

Meu povo ainda desconhece seus governantes.

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