Egocentricamente sentimental
me exercito catando as conchas
que restaram na praia dos
meus devaneios mais profundos.
Ego sinópticamente imperfeito,
levo a vida numa intensidade
tão inconseqüente que penso até
que eu não penso o quanto deveria.
Ego estranhamente melancólico,
sou capaz de ir além da tristeza.
Mas o bom é que sou capaz também
de fazer uma só alegria, múltipla.
Ego emocionantemente extasiado
vou vivendo uma vida sacudida,
transbordante, aliás uma vida que
viveria de novo sem mudar nenhum detalhe.
Fim
INVERNO 2006
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