Porque me abandonou, se quando mais precisei não estava aqui?
Porque fugiu de mim? Esperava sua ajuda para poder prosseguir.
Porque desamparaste, aquele ombro confrade que sempre te ajudou?
Agora que lhe vejo em minha frente, com sua face sorridente, vem querer se aproximar?


Afaste-se!


Levarei comigo a lembrança, que um dia tive um amigo,
Que almejava a esperança de seguirmos juntos na jornada,
E em qualquer parada lutarmos juntos lado a lado.


Eu que sempre lhe ajudei, mas na hora que precisei, covardemente se afastou,
Não serás perdoado, mas sim serás julgado, pela iniquidade cometida,
De desamparar uma mão amiga, que em tanto lhe auxiliou.


Terás contas a prestar, pois se fez aqui, aqui pagarás, não será comigo não,
Mas relativo ao meu perdão, isso pode descrençar.


Apunhalou um amigo, que em silêncio chora ferido, mas você levara contigo,
A dor de um pensar, que por não poder amparar, acabou-se por perder,
Não serás mais dignificado, mas sim será sentenciado pela Justiça do Criador.

Cézar Augustus
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