Mesmo se com minha voz eu entoasse
Um cântico de linda sonoridade
A mais linda melodia eu entoasse
Em minha arpa a música da prosperidade.

Com uma doce canção eu mostrasse
dedilhada em meu pequeno banjo,
Ao mundo a beleza de um anjo
Que a paz ao mundo ele lançasse.

Mesmo se fossem meus lábios
Doces como mel e lindos como o céu
E de poesias fossem então como sábios.

Mesmo se eu pudesse o mundo entender
Todos os enigmas e dilemas saber.
Falasse e cantasse pra multidões ouvir
Frases oblativas para todo o sentir.

Mesmo se o mais sabio dos sabios eu envejasse
Se o mais insensato do homens eu tocsse
Se minhas histórias ao mundo eu falasse
E A mim mesmo eu enfim encontrasse

Mesmo se a língua dos anjos eu conhecesse
Encontrando palavras no eclesiástico
E eu ao mundo então convertesse.
Tornando-o imaculado, puro e ático.

Ainda se em minha cansada mão
Toda erva daninha uma rosa virasse
E todas a bençãos ela gerasse
Refletindo a linda luz do meu coração.

Ainda se sob os meus calmos passos
Todo campo mais verde ficasse
E o mais lindo lírio do vale tornasse
Ainda mais aveludado sob meus laços.

Ainda se meus pés subissem o monte Tabor
E nunca mais em mim sentisse alguma dor
De nada valeria se em mim, não houvesse o amor.