Solto meu cão na campina aberta a passos,
leves rufos de asas ouço entre árvores senhoras,
a luz do arco-íris em meu peito traça um arco,
desçe do ceu o tempo e desliga as horas...
É sempre sempre se for assim entre
as dobras do coração,
sempre seremos felizes
se ouvirmos o rio que corre entre as mãos...
Amanhã...amanhã?
Por que não hoje,
comer a vida como um doce,
lamber os dedos
como se fenecessem os medos;
fazer do amor a casa segura
mesmo que que nos deem,
de graça,
uma noite escura?
Felicidade é só um grão
entre os grãos na praia
em que aportamos,
um dia...
Prieto Moreno
© Todos os direitos reservados
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