A vela, quando acendo,

não me arrependo...

Me mostra como é o escuro por dentro:

fixo, parado, natimorto, pregado,

grudado, como a brisa ao vento...

 

Os olhos, quando os abro,

se enchem de espanto:

que cor bonita a do saibro,

a voz do manjericão,

a palidez do fim,

a música do tempo no cântico das horas...

 

 

Prieto Moreno
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