DEIXE-ME ESCREVER ASNEIRAS

Deixe-me escrever asneiras,
Ninguém tem nada com isso
São essas minhas maneiras
De não criar compromisso

Não gosto de esnobismo
Nem de termo rebuscado
Poesia pra mim é simplismo
Sem deixar ninguém cansado
Tentando entender o que digo
Invadindo meu imaginário
Ou ainda ter que buscar abrigo
No velho e bom dicionário

Rimar não faz ser poeta
N’alma nasce a poesia
Mas que nunca será completa
Se não traz filosofia,
Mas aí é outra estória
Na qual não estou incluído
Faço versos na memória
Mas não me julgo sabido.

Assim deixo aos professores
Curar os maus tratos à língua
Pois se são das letras doutores,
Não a deixam morrer a míngua.

Jogon Santos
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