Quando criança,
E olhava o céu e via
Uma estrela e ainda era dia
Minha avó sempre dizia
Para não apontar-lhe o dedo
Pois em sua ponta nasceria
Uma verruga. Que medo!!

Não conseguia entender
O porquê da superstição
Como poderia a estrela
Alcançar a minha mão?

E quando vovó percebia
Que havia me assustado
Ensinava-me uma trovinha
Pra me ver aliviado:

“Primeira estrela da tarde,
Estrela que eu vi primeiro
Traga para minha vida
Saúde amor e dinheiro”.

Hoje de cabelos brancos
E névoa cobrindo o olhar
Mal posso ver mesmo à noite
Aquela estrela brilhar

Ah! Mas como eu gostaria
De poder perguntar a ela
Por que não me deu ouvido
Não atendeu meu pedido
Feito na flor da idade

E ela responderia,
Que o pedido que eu fazia
Não existia em verdade
Porque aquilo que eu pedia
Não passava de utopia
Pois eu simplesmente queria
Uma tal de felicidade.

Jogon Santos
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