Amar é um risco que não se pode calcular.

Viva, pelo menos muitas vezes,
Aquela sensação de frio na barriga diante de um alguém.
Já disseram não haver outra razão para amar,
Senão amar.
Já disseram ser o amor bem exato e encantado
A ponto de não caber em si e revelar-se.
Já indagaram quem inventou o amor (quem?)
Vemos, a cada dia, que podemos morrer de amor e continuar vivendo, sábio Quintana...
Sabem todos que é preciso amar, e como se não houvesse amanhã."
Se derrame... Se der, ame". Que genial, que estúpido, que vontade de amar.
Dirija, por toda a vida, esse mar de paradoxos: o amor.
Mas sem riscos, impossível...
Mas para que viver sem corrê-los(?)...
De que teria graça o viver sem viver(?)...
Assim, não seria viver, e sim apenas existir.
É bom não pensar duas vezes antes de dizer o que sente.
A ausência desse medo de despejar o amor é bem saudável.
Faz bem à alma e cura as mais profundas chatices do cotidiano.
Todo dia, revitalize a palavra amor. E a use.
Recriemos o nosso vocabulário e o nosso coração.
Reinventemos a arte do amar.
Amar sem cobrar.
Amar sem exigir.
Amar pelo zelar e pelo cuidar
Amar pelo querer bem e pelo bem querer.
Amar por amar, simplemente...
Fomos criados para correr riscos.
E somente quem ama se permite arriscar.
 

Primo, Danillo Andrade
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