Nossa Singular
E não sei “julgar” os verbos que apedrejo;
Busco uma sintonia, entre conjugar e acertar;
Amar-te-ei
Falo para vossa senhoria, que amar é um verbo que dança nos meus versos;
E que prazer eu tenho, se nem conheço seus devaneios?
E se minhas perguntas andam por ai, descalças, criando calo de dúvidas,
Será que as únicas respostas se resumem em um infinito te amar?
Busco os seus beijos em outros lábios, conjugo outros amores buscando encontrar entre outros verbos a segunda pessoa do singular, que me tormenta em sonhos que não se sonha.
E estar na boca, na boca do plural,
E que amor eu tenho, se esse amor não me julga, só quer me conjugar, como se fosse passado em tempos de presente.
Que amor é este que joga seus medos para o futuro, e que não sabe que futuro é desculpa para o amanhã.
E se nós do plural, somos duas partes individuas do singular, por que vamos nos preocupar em sermos pretéritos perfeitos se podemos ser muito mais que isso?
Talvez, presente? E sendo presente, nunca seremos passados,
Seremos eternamente NOSSO.

Jaqueline Alexandria
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