Réquiem Para Alguém Que Ainda Não Morreu

 
                   
Com o anseio da insignificância cravada nas rugas  
Os corpos já fenecidos
Seguem silentes, molestados pela vida
Sobre a omnipresente atrocidade dos ensejos
Sobre o peso da fraqueza
A morte ainda lhes adentrando,
Como só eles conhecem pelo persisto:
Seguem velhos pela estrada.
                            
Anoiteceram-lhes o sentimento
O espanto da vida extenuou-se
O tempo cerra-lhes a ária.
E se escorresse tristeza pelos olhos
O mar seriam os seus sentimentos.
 
E o sopro transeunte
Desperta um idear a muito olvidado  
Que na neve agasalhado de preto
Relembra-o em tremores dos sinos impetrados :
Não há nada no regresso do fim!
Não há nada no regresso do fim!!

 

O_crime_perfeito
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