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Réquiem para mim. Primeiro ato


Sou um jovem urbano
Todo o tempo dedicado
Para amar e ser amado,
A vida me recebeu de braços abertos, e
Todas as matizes que os meus olhos já viram
Foram presentes de arco-íres,
Que os mais belos momentos coloriram.
Passeio pelas calçadas olhando vitrines,
Compro uma bijuteria pra minha amada.
Dentro da lanchonete, a fome aperta,
Penso na vida e fico alerta,
Peço um hambúrguer e um suco gelado,
Reparto o pão com um mendigo,
Fico inconformado, mas, sigo em frente.
Carros, faróis, buzinas e pessoas apressadas.
Em qual esquina ela me espreitara? (Raul Seixas)
Quero apenas três dias, depois vida,
Seja feita a vossa vontade.



Réquiem para mim. (Segundo ato).


Se eu tiver que morrer antes da hora
Que seja numa hora gostosa e feliz,
Sorrindo ao lado da minha amada,
Fazendo aquilo que eu sempre quis.

Eu sempre quis estar entre amigos
Fazer tudo limpo, dentro dos trilhos,
Amar os sonhos, realizar os sonhos e,
Contemplar os olhares singelos dos meus filhos, e
Agora também dos meus dois netos.

Sinto-me um migrante e retirante
Que brincava, para passar o tempo,
Um tempo que ficara para traz,
Cheio de lindos momentos.

Quero partir sentindo o perfume dela
Minha doce amada, minha Cinderela,
Viajarei numa carruagem de abóbada amarela,
Para um planeta lindo, onde ficarei esperando por ela.


Parabéns poeta pelo belo texto.

J.A.Botacini.

Zezinho.