** Boneca de Borracha **

E abriu se, sem que um som se ouvisse,

Sem majestura nem cor,

E com um pensamento menos que o impuro

Serpenteou carmim entre as fendas.

 

Com a maior calmaria,

Aquele que rompeu desvia se,

Não se ouve nem choro nem mágoa,

Não se viu nem primavera nem magia.

 

E sobre o mesmo roteiro, 

são convidados ao pasto

Toda a corte

Sem destincao de sabores ou odores.

 

E agora pausada e seca,

Com o perfume a latex,

A nova boneca de borracha sorri.

 

Um novo feto sem amor concebido,

Sem pai nem sonho.