O Preguiçoso
 
Isola-te, ó preguiçoso!  A tua recompensa só lhe servirá de aviso
O teu pão terá o gosto único do nada
E a tua sede terá sede de água limpa
E o teu corpo terá fome
E teus filhos terão fome
E a tua gente não mais te agüentará
Expulsar-te-ei do peito materno e, da tua casa
Renunciará ao teu lar
Pois onde vagueia um preguiçoso, contigo andas o azar
Joga fora toda a sujeira que tens na tua casa e, convida o estranho para entrar?
De onde tiras tanta convicção? Não alimente o preguiçoso pela bondade, pois estará em cumplicidade a ele, o que deveras fazer, é instruir-lo para que vos possam executar as tarefas que teu amo os ordenou.

Jaqueline Alexandria
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