Os olhos rasos d’água
O peito comprime a dor
Que a ausência agora faz
O ar que entra é forte, porém
Tranqüilo, no corpo cansado
Dolorido e angustiado
Assustado, aflito
Dilacerado de sua metade
Apartado de sua razão
O tempo é pouco
A espera é longa
O destino é certo
E a dor, verdadeira
Desespero virando calma
Aceitando o que já veio
Lá do fundo da alma
Saudades no corpo inteiro
Trazendo para fora o sofrimento
Que sabia que iria enfrentar
Deixando o tempo (com calma)
Essa dor pra sempre levar.
Licença
Sob licença creative commons
Você pode distribuir este poema, desde que:
- Atribua créditos ao seu autor
- Distribua-o sob essa mesma licença