Os olhos rasos d’água
O peito comprime a dor
Que a ausência agora faz
O ar que entra é forte, porém

Tranqüilo, no corpo cansado
Dolorido e angustiado
Assustado, aflito
Dilacerado de sua metade
Apartado de sua razão

O tempo é pouco
A espera é longa
O destino é certo
E a dor, verdadeira

Desespero virando calma
Aceitando o que já veio
Lá do fundo da alma
Saudades no corpo inteiro

Trazendo para fora o sofrimento
Que sabia que iria enfrentar
Deixando o tempo (com calma)
Essa dor pra sempre levar.