Dois Caminhos (Infinitos)

Um caminho era aprazível,
Flores brancas o cercando
E pardais cantarolando
Pelo aroma inconfundível.

Já o outro, era difícil:
Seus espinhos machucavam,
Duras vozes conspiravam,
Dizendo ser impossível...

Mas só um deles compensa
Pra quem vive caminhando,
Quem percorre as flores pensa:
- O amor está me aguardando!

E encontra com o vazio
Dessas lágrimas vertidas,
Num caminho que só leva
Para o ponto de partida.

- Não desaba em amargo pranto,
Verás a felicidade!
(Mas não no último canto
Em que andando procurastes...)

Por isso volta! Ainda há tempo
Para andar acompanhada
Pelas trevas da estrada,
Os espinhos do momento
E a alegria inacabada:

- E verás que o sofrimento
Ante o amor parece nada!