Ainda tento escrever poema
Que valha a pena, cheio de candura
Tirar do corção toda ternura
Desesperado persigo esse tema
Não quero descrever mais uma dor
Nem um adeus desenganado e triste
Mas no meu peito o pulsar persiste
Querendo relembrar o mesmo amor
Recordo as mágoas de uma vã saudade
Ferindo o coração com flecha e arco
Vagando pelas ruas da cidade
Que parem o trem, assim eu desembarco
Dessa viagem que não tem idade
E choro o amor que se foi com o barco
© Fernando Tanajura
Fernando Tanajura
© Todos os direitos reservados
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