Perdido . . . quase tudo perdido.
E a obscura proposta do esquecimento.
Daqueles absurdos que urdíamos em nossos
dias, de distraídos trapalhões do equívoco.
Amávamos sim; mas . . . errado,
de intenção partida.
Esfaimados na total precisão,
que mesmo vezes saciada, redundava após,
em frágil ocasião de profundos nadas.
Por todo o viés, desse caminho,
ficaram aqueles traços. Restos dos ais,
do que ousávamos ser. Daquilo que
trazíamos em desacordo no peito
em puro assombro. E até no nos tocar,
leve com entrega, como se fora pra sempre
e certamente não o era. Era na verdade
apenas um sal dos sentidos, que logo
se dissolvia por entre negativas,
num constrangimento seco e mudo.
Nas buscas do pensamento insano
duma impossível saída. Não, não
haviam mudanças. Nunca pudemos encontrá-las !
Exato nós, que definhávamos soltos e a revelia,
no patamar de uma realidade desarticulada.
Reduzidos em exaustos absolutos,
de peso sem escoras.
Longos foram os ecos da incúria,
girando pelos espaços decisivos, dessa cápsula
chamada coração . . . longos, longos !!!!
© Todos os direitos reservados