Disse, certa vez, um pensador
(Movido, talvez por uma sacra inspiração)
Que as coisas ditadas pelo coração,
São puras, imutáveis e perenes...
Talvez seja por isso que, quando amamos
(E, quando, de fato, nos entregamos),
Todos os nosso atos se toranm solenes!
Eu, (como todo mortal), também tenho,
Uma pessoa a quem, me julgo inferior;
(Mas, para mim, reconhecer-lhe este valor,
Enche-me do mais puro contentamento)...
É uma meiga criatura, educada e pequena,
Dengosa, cheirosa, sonhadora e morena,
Que domina todos os meus pensamentos!
A ela, eu rogo, sempre submisso,
Que mortal, algum, jamais a possua
(E que, sequer, também a veja nua)
Pois teu corpo é o meu santuário...
É a mais sublime entre as criaturas,
Inteligente, dedicada e pura,
Todas as pérolas do meu rosário!
Nem preciso esforçar-me para ser feliz,
Pois eu sou feliz apenas por tê-la;
(Assumo um medo atroz de perdê-la,
Pois a vida sem ela, será muito ruim)...
Alegra-me, pois, muito, paparicá-la,
Ufana-me, muito, idolatrá-la,
Pois esta pessoa é tudo pra mim!
Mantenho, assim, sem temor, este "affair",
Pois me faz muito bem, me causa prazer;
(E desdenho da frase "amar é sofrer",
Pois é um sofrimento dos mais aceitáveis)...
Com esta pessoa, eu tenho passado,
Momentos e situações jamais imaginados,
Sublimes, felizes, idílicos e impublicáveis!!!
Não há desentendimentos que tenham o condão,
De mudar o sacro ideal, que defendemos;
(Todos têm a sua cruz mas, a que temos,
É florida e bem leve, pra se carregar)...
Para mim, tudo aquilo, que venha dela,
É para tornar-me a vida mais bela
E nada existe que possa nos atormentar!!!
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