o vento destruiu o porto do poeta
poeta agora sem moradia,
só resta agora assistir o mar
numa tarde que tardia.
o mundo do poeta é imaginario
talvez nem o poeta EXISTA,
o coração dele ainda bate
talvez ele não resista.
tanto apelo do poeta
prá ter seu mundo de volta
lagrimas de dor no rosto
porque tanta revolta?
o poeta ainda espera a sua embarcação
e o desembarco da felicidade,
ele espera na beira do mar
com a sua mocidade.
o poeta que o seu mundo de volta
ele clama, e grita bem alto,
-cade meu porto, PORTO,
ele chora e dar um salto.
ele espera o vento voltar
talvez devolver o seu porto
a esperança de um poeta
a espera no mar morto.
o cata-vento nem se move
e nem sinal do vento,
o poeta ainda em espera
com o poder do pensamento.
de longe no horizonte
o poeta viu algo vindo,
era o vento voltando
e o poeta estava rindo.
o vento chegou sem o porto
o poeta mudou a fisionomia,
mais ele ainda estava esperando
porque no vento o porto não havia.
lembrou-se de momentos lindos
que ele passou no porto,
e de poemas lindos
que ele escreveu no porto.
o vento não trouxe o porto
mais o poeta pega um caravela,
vai em direção do infinito
no escuro com uma vela.
a noite chegou com as estrelas
mais a busca continua,
o poeta não se cansa
procura em plena lua.
a onda vem e derruba o poeta
ele cai dentro do mar,
o pesadelo acaba
ele acaba de acorda.
o poeta acordou de um pesadelo
lá estava ele, dentro do porto,
escrevendo mais uma poesia
nossa que alegria..
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