Vê-de a luz de seus olhos
a iluminar tão vasta planicie
Oh! infeliz viajante
obsecado por tão brilho d'olhar.
Teus olhos amorosos
iluminam a seiva estiada
de meu caminho.
Olhos doces,
desaguam em mim
luminosa esperança febril de
estonteantes caminhos
Tão puros,
Tão belos,
tão fugazes,
olhos porquê morreria?
Irreverentes, audazes...
Oh! olhos profundos
de tão negras noites...
Belos olhos
que apontam silentes
longos caminhos
rasgados de tristezas
Olhos que vêem,
olhos que sentem,
olhos que se fecham e,
fazem-me sucumbir.
Olhos que refletiam-me
Agora a me fitar,
Inexpressívos, lânguidos,
vazios...
Eras o farol
que em meio de turbilhão de ondas
e pedras
me conduzia a mansidão serena.
Mas, pouca ousadia
o reduziu à chama,
desta chama principiou à centelha
de que um dia,
de forma inversa
alimentou o clarão
da alva aura que irradiava
meu ser.
Hoje centelha a se apagar
luz a se desligar,
enfim,
vida a se expirar.
set.11.
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