Não  induzias  a  erros:  culpas  nossas daqui  pra   fora !

Nesses  passos   que   não  dominávamos;     separações 

E  daí ?  Que   conduzíamos    em    sonâmbula    catarse

Inertes,   em   doses    venenosas    de    lenta    paralisia

        

Sem  saber, não  soubemos,  como  queima  esse rastilho

São  coisas  que  se  empilham   incontroláveis; excessos

Que  de  mim,  que  de  ti,  queimava   em  torno;   fogos 

Levedura  latente,  criando  final  de só  dispersas  cinzas

 

Cada arena  o  retrato  do seu  próprio artífice, que jeito ? 

Cada  palavra, com  sua exclusiva  maneira de cortar rente 

Laminas  de  contudência:  eficaz   traumatismo   previsto

Inconsciente   imersão   no  desvairo;    sufocante   apnéia  

 

É nesse  solavanco  de vida,  que pula  e  não tira do  chão

Que  não  amolece  e nem  arrefece,    empurra  pro  fundo

E  ainda  andamos  a  procura,  curvados  em  ânsias  tolas

Fibra a  fibra, dor  a  dor, raiva  a  raiva  . . .  calado  muro

versejando ( ao estilo de Pessoa )
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