Não   desistes  enfim  desse  refúgio

Cerco  em  toca,  caçada

fera   ferida    convulsa

em    tocaia,   sangrando

imaculadas   garras   neutralizadas    

Algoz   impossível    ser  

és  a  vítima   da  vez  agora 

sem   respeito,   sem  carinho

só   sina  da    captura   assassina

Caminharás   no    medo    tardio

pela    planície    do    anoitecer

buscando  enganar  com  urros

rugidos . . .  uivos  de  dor

Espécie   em  extinção

destino    selado,   torpor

falta  sangue   em  ti,   que   não   domas 

Acuada,   exangue,   não   agrides  .  .  .  rosnas  

versejando ( ao estilo de Pessoa )
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