Pétalas  cor de sangue  como  chuvas  caem 

O  vinho   abre   as  percepções   com  assombro

e  no  refúgio  do  tempo,  voa  seu  corpo 

de impregnadas  asas  rubras  . . . em  desafio

Seus devaneios  tocam  os muros   e  intra muros

com  a  umidade  das  linguas alagadas

e sobre a   friagem   do   dia desprovido

suas gotas em  lágrimas,  vão  caindo  sem  remorso

Sei  que o  vinho  não   foge

dando  gritos  a  chegada do  inverno

nem  se esgueira  pelas  ruínas  consumadas  

a procurade   de   inócuos  fatos  hunanos  . . .  

Oh ! Sim  galopa  sobre  as  consciências 

no  momento  do  frio  que faz agora

Provisoriamente  um  punhal  das 

duras realidades

Vejo  no  momento  imagens   desfocadas 

Olho  a  frente,  por  trás  e  através  dos cristais

da última  taça   abandonada  e  acho  que  reconheço  agora,   ao  longe

 os tais   distorcidos    sonhos . . .

Os arrependimentos,  estes  sim . . .   afloram ! 

Versão e tradução livre de parte da poesia de Pablo Neruda, que quando li inspirou-me e eu tive a pachorra e a pretensão de assim realiza-la . . . perdoem-me a empáfia

Rio de Janeiro, em manh

versejando ( ao estilo de Pessoa )
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