Não! Não pararia com a guerra.
Continuava a luta contra os teóricos de ilusões.
Levaria o meu exército cá na terra
a enfrentar o discurso que nos encerra
nos truques das promessas dos vendilhões
E para servir de justo exemplo,
também não acabaria com a fome.
Escorraçava os agiotas do templo
e punha sem pão e sem sustento
quem por ganância o pão alheio come
E mandaria para os grilhões do degredo
quem pelo abuso da força e poder
sobre os fracos e indefesos mandou torpedo
e disso haveriamos de falar, não guardar segredo
e no meu povo o medo nada teria a temer
E não pedinchava amor, paz e harmonia
palavras bonitas para promessas da treta
porque não se mendiga natal por um dia
Não se pede um grão a quem tudo tem, porque é Utopia
nada se pede a quem governa com punhal ou baioneta
Se eu pudesse mudar o mundo…
também negaria saúde e bem estar para todos
decretava a doença, a peçonha e mal profundo
e contaminava o poder do corrupto imundo
eliminando esta casta de farisaicos modos
Internava os loucos que o mundo governam
E os médicos que zelam por esses doentes
E os crentes que nesses loucos votam
E os inocentes que nos crentes acreditam
E eu seria internado, porque sou crente
na boa gente que os loucos abraçam
Se eu pudesse mudar o mundo…
Apenas queria um pouco de sol,
Um pouco de paz,
Um pouco de amor,
Um pouco de ti!
O resto…seria para o mundo!
E eu morreria feliz!
angelino
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