Não me sinto confortável e liberto de desconfiança quando ainda vejo marcado em tua retina a esquecida lembrança e tua estúpida decepção.
A ira me consome por não saber se teus passos enfim são verdadeiros, tenho em meu peito impagáveis minutos de desassossego, os mortos de tempos atrás deixam a herança de um vendaval.
Meus pensamentos vão muito além do que meus olhos alcançam, deixando de lado lembranças insanas, roubando o lugar da vasta história passada de um momento de escuridão.
Como ordenar que as estrelas iluminem teu quintal se a fome de amor advinda de teu coração ainda não tem forças para suplantar todo mal.
Palavras, verdades, suspiros, mentiras, apenas um sim e inúmeros nãos, o tempo empecilho e contratempo, passado latente e futuro incerto e imberbe, dependendo apenas de uma intragável canção, os dias seguem intransigentes, restando a nós apenas migalhas e momentos sem convicção.
Licença
Sob licença creative commons
Você pode distribuir este poema, desde que:
- Atribua créditos ao seu autor
- Não use-o comercialmente
- Não crie obras derivadas dele