Há alguma coisa em mim
Que vive em mim
Que a mim consome
Que de mim transborda
Que de mim se esconde
Que me transtorna
Que não conheço
Que não êxito
Que tanto evito que a tona vem.
Há alguma coisa em mim
Que não sabe
Se ama ou odeia
Se foge ou te rodeia.
Há alguma coisa em mim
Que me entristece
Que tanto enlouquece
Que é tão simples, que é tão comum.

Mês nove de 2004