Procuro tudo, corto barreiras,
abro portas semi fechadas,
procurando descortinar
as razões da exclusão.
Não quero ver ruas, praças
jardins, cheios de pedintes
dormindo em cama de papelão.
Não quero ver cidades desertas,
onde as pessoas se escondem
nas suas tocas de conforto
para fugir à solidão.
Não quero ver a adversidade
estampada em rostos tristes,
carregados de desilusão.
O mundo gira e as cidades caem.
não há vida para lá das rotinas,
apenas o buraco negro da noite.
01.07.05
Lisboa / noite
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