AQUELAS DUAS MONTANHAS

AQUELAS DUAS MONTANHAS

 

 

 

 
 

 

 
Dá -até- para ainda sentir
O calor que existe
Em tuas entranhas,
E o que delas possa vir.
São vidas geridas e tamanhas,
De um vácuo tremendo,
Desse que sinto por aqui.

 
E assim são aquelas duas montanhas...
Dois seios despidos
Oferecendo-me alimento.
E ao escalá-los,
Eu mesmo tento
Atingir o cume rosado de seus mamilos.

 
Como imaginei-a embalando meus filhos...
Sim!

 
Os momentos de carne e luxúria foram intenso,
Mas, é com carinho que em ti penso,
E são montanhas
-escaláveis-
Que me invadem a visão!

 

 
Não inadmito todo aquele tesão,
Tampouco desdigo todo aquele encantamento...
O que tento , Moça,
É entender a distância do Rebouças
Até a linha d´água daquela lagoa,
E também onde ficou aquela coisa boa
De olhar as águas da Baia,
Enquanto a vida fugia
Do nosso controle,
De forma incontrolável e estranha.

 

 
Vá , Moça...
Mas não voe
Para muito além
Daquelas duas montanhas.

Ogro da Fiona
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