JAZIDA

 


Longe de querer ir além da estética imperfeita,
Imagino como se deita
Aquele que, um dia,
Traiu destinos alheios.
Mal contido pela visão daqueles seios,
Bebeu o último trago
Se dizendo curado.


Claro que houve erro!
No início, o dissimulado
Foi pintado com tons azuis esperançosos,
Milhares de pecados gozosos,
E todo o dourado
Da riqueza aparente.
Era a voz do povo. E o povo mente...


“ A felicidade é um estado imaginário”(...)
“Faço do teu amor um relicário”(...)


E assim do que reluzia tal ouro,
Ouro nunca foi.
Fora, quiçá, uma alforria de destinos,
Brincadeira de menina e menino
Que não podia dar em boa coisa.
Foi como um poema de amor escrito na lousa,
Logo apagado pelos ventos da vida,
Foi erro e inverdade nunca admitida,
Foi engano, desde o início.



Foi céu e inferno,
Planície e precipício.



Foi pirita.

Ogro da Fiona
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